manifesto de saúde holística
Vivemos um tempo de renovação. Um tempo que nos chama a fazer mudanças profundas nas nossas vidas e nas nossas sociedades, que nos pede que redefinamos a nossa saúde, que reavaliemos os nossos objectivos de vida e reconsideremos todas as nossas relações, nomeadamente com a Mãe-Terra.
A maneira como entendemos o alimento é basilar neste processo. Com ele podemos aceder a caminhos para sanar-nos e para sanar a Terra, ou para arruinar-nos / arruiná-la.
O alimento é essencial à vida humana, é um instrumento de conexão com a Terra e com os elementos; ele nutre, cura e deleita. Mas este alimento, integral, completo, bioactivo, medicina, elo de energia cósmica, está muito ausente da vida da maioria dos consumidores ocidentais. O Homem moderno, na sua desconexão da Natureza e da sacralidade da vida, descurou a essência do alimento… O “Homem Moderno” não sabe qual é a sua “dieta”…
Dieta alcalina, dieta paleolítica, dieta do grupo sanguíneo, da sopa, low carb, keto, DASH, Ornish… a lista continua e aumenta cada ano, espelhando um ser humano perdido e afastado da sua essência e do seu propósito.
Necessitamos de um novo paradigma de nutrição para uma nova humanidade
E se mudássemos a orientação da nutrição? Se passássemos de uma visão antropocêntrica da nutrição a uma visão ecocêntrica, evolutiva e espiritual?
Porque não guiar-nos por uma dieta que “faça bem à Terra“? Sim, é essa a que genuinamente nos proporciona saúde e equilíbrio! E cuidar da Terra é afinal a nossa urgência maior: mantendo nela as condições que permitem a Vida e que nos permitem a Nós viver nela. É cuidar da nossa saúde mais ampla, da nossa sobrevivência como espécie.
Consciência evolutiva sistémica e diligente
Fazê-lo “pela Terra” é afinal fazê-lo “por nós”, é o nosso maior acto de inteligência evolutiva.
É retomar o nosso caminho como seres em evolução em sintonia com Ela. Ouvi-La! E que nos pede? Que mantenhamos os nossos desejos ególatras, abusivos, extorquindo-a e causando sofrimento, extinções em massa em terra e mar, esgotando reservas aquíferas, desmatando florestas e contaminando as águas num modo de produção alimentar artificial? Ou que nos alimentemos de plantas? O que é que a Mãe-Terra nos oferece com tanta abundância e generosidade?
Liberdade
Confiemos nessa generosidade, na sabedoria da Natureza que sempre procura o equilíbrio e nos oferece os melhores alimentos/medicinas na estação certa, no lugar certo, respondendo às nossas necessidades. Respeitemos a nossa biologia, os nossos ciclos, escutando-nos e dando-nos os nutrientes de que precisamos, quando precisamos, recuperando a nossa liberdade de comer o que o nosso corpo quer e não o que a indústria dita, soltando-nos das amarras de um sistema que cria alimentos produtos aditivos, doentes, perversos, que nos prendem num círculo de dependência e engano, de alienação do nosso sentir autêntico.
Medo e Sofrimento – os maiores contaminantes
Vamos rejeitar alimentos que trazem medo e sofrimento ao planeta, que se baseiam na exploração de outros seres sencientes, que nos intoxicam o corpo e debilitam a alma, que são os que mais desrespeitam e os que mais contaminam, química e energeticamente, a Terra.
Nutrição para uma Nova-Terra é seleccionar o que comemos incluindo a escuta do coração… pois a mente perdeu-se exageradamente com classificações abstratas na apreciação do alimento. Foi ensinada a seccioná-lo em categorias, voraz na quantificação de proteínas, vitaminas, calorias como sustentação para uma nutrição saudável, sem fundo ético. O nosso lado racional adora tudo isso: os nomes complicados, o conhecimento dos processos metabólicos internos… mas está no momento de sentir com o coração o que é um alimento real…
… Prana/Chi/Vibração
Cheirar, olhar, sentir o alimento… côr, forma, textura, cheiro, falam-nos da sua vitalidade e da sua energia, falam-nos do seu “nutriente” mais importante, o “prana”/”chi”. Côr, forma, textura, cheiro trazem-nos informações preciosas directamente do Sol, da água, dos ventos, da terra… Como já dizia Omraam Mikhaël Aivanhov, O alimento é uma carta de amor enviada pelo Criador.
Reaprendamos a reconhecer um alimento: a ler essa informação, essa carta de amor, em vez de ler rótulos em plásticos que embrulham pseudo-alimentos.
Optemos por comer alimentos que respeitem as nossas relações fisiológicas internas (que respeitam as relações biológicas externas), que tragam biodiversidade à nossa flora (que promovem biodiversidade na Terra), que nos purifiquem os nossos fluidos (que respeitam as águas dos rios, mares e oceanos), que aumentem a nossa vitalidade (que promovem a paz e o amor na Terra). Assim fora como dentro…
Um alimento embalado, que viajou quilómetros, que esteve longo tempo armazenado, que levou pesticidas, que foi irradiado, congelado, descongelado… quanta vitalidade tem? Em que níveis te nutre?
Secreções de fêmeas (laticínios) que são violadas, inseminadas, torturadas e híper-medicadas… que energia trazem ao teu corpo? A quantos níveis te intoxicam?
Descapitalizar para sacralizar
Deixemos também de privilegiar o critério económico do “barato”, promovido por um sistema competitivo materialista… O que está por detrás de um alimento “mais barato”? Exploração de animais, de humanos, contaminação, abuso de poder, etc
É preciso descapitalizar o alimento e ressacralizá-lo: celebrar o milagre da sua existência, agradecer pelos elementos que o geraram, pelos seres que o produziram, agradecer por tanto sabor e tanta riqueza, pela tal mensagem de amor… Escolhê-lo pelo que É e não pelo valor económico. É um investimento na tua saúde, na tua vitalidade e na Terra.
Nutrição para uma Nova Terra
é um convite a um “novo” de estilo de vida. Um convite a um estilo de vida consciente. A despertar para uma visão sistémica da vida, a apurar a nossa sensibilidade, a ser felizes, saudáveis e livres.
É um novo modelo de nutrição acorde com o momento em que vivemos no planeta: onde é urgente alimentarmo-nos em sintonia com as leis primordiais que promovem a vida e o amor na Terra, fértil, diversa, abundante. Essa é a dieta universal que nos dará saúde e energia!
É realizar-nos na nossa missão nesta Era, de defensores da Vida, regeneradores da Terra, protectores dos animais, cumprindo assim o nosso caminho evolutivo para melhores seres, para uma nova humanidade!
Se ainda não o fazes convido-te a praticares a “nutrição para uma nova Terra”: plant based, local, sazonal, fresca, orgânica, integral. Eu terei todo o gosto em orientar-te no processo.